Mais de 100 cidades baianas, incluindo Salvador, estão com alto risco de surto de dengue, segundo o Ministério da Saúde. Foram notificados mais de seis mil casos no Estado, apenas nos três primeiros meses de 2019, após o primeiro Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa). A gerente médica e infectologista do Hospital São Rafael, Ana Verena Mendes, explica que “a doença é causada pelo mosquito Aedes Aegypti, um inseto minúsculo que se tornou um dos grandes inimigos dos baianos, principalmente durante o Outono no Nordeste, período marcado por fortes e intermitentes períodos de chuva, como agora”.
A picada desse mosquito é a única maneira de transmissão não só da dengue, mas também da zika e chikungunya, o que desmente a possibilidade do contágio direto entre pessoas. “A partir do momento em que há contaminação, ocorre o período de incubação do vírus no corpo, que oscila entre três e 12 dias. Após esse tempo, os sintomas começam a surgir. Dentre eles, destacam-se manchas vermelhas no corpo, febre, dor de cabeça e atrás dos olhos, fadiga, náuseas e vômitos”, detalha a infectologista.
A água parada é o ambiente mais propício para a reprodução do Aedes Aegypti. Por isso, é preciso eliminar ou vedar locais que possam servir de reservatórios para as larvas, como garrafas, galões, toneis, vasos de plantas, calhas entupidas, lixo a céu aberto, bandejas de ar-condicionado, poço de elevador, dentre outros. A dica de Ana Verena Mendes é intensificar as medidas preventivas, que também envolvem o uso de repelentes, instalação de telas em janelas e até mesmo fazendo o uso de mosquiteiro em camas e berços.
Catharine Matos
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