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Em uma entrevista concedida ao A TARDE nesta terça-feira (23/04), a motorista de aplicativo Lilian Borges, de 46 anos, que sofreu uma tentativa de homicídio durante uma corrida de Salvador para Camaçari, contou os momentos de medo que passou nas mãos do suposto passageiro, morador do bairro Inocoop. A vítima esteve na 26º Delegacia Territorial (DT) de Vila de Abrantes, hoje para prestar depoimento.
Acompanhada de um advogado e do irmão, Lilian disse ao repórter Osvaldo Barreto, que a corrida seguia tranquilamente no dia 16 de abril, por volta das 22h23, até passar pela praça de pedágio de Camaçari. "No viaduto que dá acesso à Estrada da Cascalheira, ele mandou que eu desviasse. Eu nem maldei, não entendi, falei, pô, mudou o destino? Você não iria para o Inocoop? Foi quando ele apontou a arma, e ele disse: Bora, pode desviar e ir para a Cascalheira. Daí em diante começou o meu tormento".
De acordo com a motorista, em um local deserto, o acusado pediu que ela parasse o carro, saísse e se ajoelhasse, quando começou a golpear ela com facadas. "Implorei pela minha vida o tempo todo, pedindo a ele que eu era trabalhadora, que eu não merecia aquilo e ele só falava que eu calasse a boca e continuou, até que eu tive um vômito de sangue e nesse momento ele achou que eu estava agonizando e parou", disse Lilian pontuando que ele ainda chegou a chutá-la, mas ela segurou o grito de dor.
Mesmo ferida, Lilian pediu ajuda e foi socorrida para o Hospital Geral de Camaçari (HGC), onde permaneceu internada até se recuperar dos ferimentos. O veículo levado pelo agressor foi encontrado em frente sua casa no bairro do Inocoop, no entanto ele ainda não se apresentou na delegacia.
Devido a ausência da delegada titular, o depoimento não tomado. Lilian contou o que aconteceu aos policiais ainda quando estava no hospital.
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