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"Estamos vivendo um desmonte e um desastre", diz Gabrielli, sobre a Petrobrás

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O professor licenciado da Universidade Federal da Bahia e ex-presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, falou ao Portal Abrantes durante a posse da nova diretoria municipal do PT em Camaçari e fez críticas sobre a condução da maior empresa do país pelo governo de Jair Bolsonaro.

"Estamos vivendo um desmonte e um desastre. Enquanto as maiores petrolíferas do mundo estão integrando suas atividades, produzindo, refinando e transportando e vendendo petróleo e derivados, a Petrobrás está se enforcando e saindo das atividades que não sejam diretamente ligadas à exploração do Pré-Sal; é o desmonte de uma das maiores empresas do mundo que vai se tornar meramente uma produtora, ficando sujeita à flutuação dos preços internacionais".

O governo Bolsonaro já vendeu a BR distribuidora em 2019, vendeu parte dos ativos da Transpetro e se prepara para vender a Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, além de fechar a FAFEN e vender campos de exploração da área do Pré-Sal. As ações do governo tem gerado protestos dos trabalhadores e sindicatos do setor, mas não têm tido adesão popular.

De acordo com Gabrielli, o governo Dilma deu pouca atenção à formação política do cidadão brasileiro e isso causa na população pouquíssimo interesse na defesa da Petrobrás e outras estatais: "Houve pouca atenção dada à conscientização política do cidadão. De fato, tivemos uma melhoria das condições de vida, tiramos milhões da pobreza, diminuímos a desigualdade, mas as pessoas não viam isso como política pública. Eles pensam que entrar na universidade era resultado de sua conquista individual e não resultado de uma política pública de abrir a universidade pras famílias mais pobres. As pessoas eram contempladas no Minha Casa Minha Vida, no Luz Para Todos e acham que foi algo divino, uma escolha de Deus, mas na verdade foi uma decisão política pra fazer isso e não houve conscientização política para que as pessoas pudessem entender isso".

Alan Dourado

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