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A duração da felicidade

Mais importante que buscar estar feliz o tempo todo é justamente aproveitar os momentos felizes que temos ou, até mais significativo que isso, criar momentos assim

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No começo de maio, participei de um congresso, “A Ciência da Felicidade”, nos Estados Unidos. Conteiessa experiência neste texto. Nunca os estudos das emoções estiveram tão em voga como neste século, no qual profissionais de grandes universidades tocam em temas que parecem ser triviais, mas que influenciam muito a época em que estamos vivendo. Dentre os vários insights que tive, um deles me chamou mais a atenção: “A frequência das emoções positivas é mais importante que a sua duração. Crie micromomentos para partilhar a felicidade”, citado por um dos psicólogos da Universidade de Berkeley, que organizou o encontro. 

Lembro-me de, quando jovem, ter os seguintes objetivos de vida: fazer uma faculdade, trabalhar e ser feliz! Mas o que era felicidade na minha percepção? Estar sorrindo o tempo todo? Não ter dificuldades? Hoje, não tão jovem assim, percebo que um dos nossos maiores equívocos é achar que ter felicidade é estar feliz o tempo todo. Não! É saber lidar com os extremos, ter inteligência para contemporizar as dificuldades, lidar com as tristezas, com as decepções, ter coragem de desistir e até de assumir que, às vezes, estamos deprimidos e precisamos de ajuda. Acima de tudo, é ter resiliência emocional.

Jornada

Mais importante que buscar estar feliz o tempo todo é justamente aproveitar os momentos felizes que temos ou, até mais significativo que isso, criar momentos assim. Sentar no jardim por um instante e apreciar o silêncio com todas as suas nuances, brincar com seu filho genuinamente, dedicar-se a um projeto social ou ambiental, na comunidade ou até na empresa. Momentos como esses que nos fazem perder a noção do tempo e geram sentimentos bons por estarmos fazendo algo maior e benéfico para alguém além de nós mesmos. Que nos transformam, nos ajudam a encontrar uma versão própria melhor… Fazem, enfim, com que tenhamos esses micromomentos de felicidade.

A vida é uma jornada. A felicidade, algo que encontramos ou construímos ao longo dela, mas não em todos os trechos. Não se preocupe em medi-la, muito menos em se comparar com o vizinho, com seu chefe ou o influencer das redes socais. São humanos, tanto quanto você, e têm diariamente suas lutas internas para buscar esse caminho de felicidade e realização. Procure criar esses micromomentos, tenha uma visão positiva de que tudo pode melhorar, e tenha força para enfrentar seus próprios fantasmas – que, muitas vezes, são os maiores sabotadores da nossa felicidade.

 

  • LUCIANA PIANARO
  • Vida Simples

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