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Com denúncias de Cárcere privado, greve dos petroleiros atinge a Bahia e mais 9 Estados

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A Federação Única dos Petroleiros iniciou no último sábado (01/02/2020) uma greve nacional de petroleiros, motivada pela demissão de quase 1000 funcionários da FAFEN no Paraná e pelo descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho, que proíbe demissões em massa sem antes negociar com o sindicato.

Desde a última sexta-feira (31/01/2020), uma comissão permanente está instalada na sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro. Os membros da comissão estão na sala de reuniões desde então e se recusam a ir embora. A Petrobrás entrou na justiça para removê-los de lá, mas a Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro considerou a ocupação legítima.

A Petrobrás revidou, cortando água e luz do andar inteiro onde está a sala de reuniões ocupada, mas a justiça determinou o religamento, sob pena de multa. A empresa ligou parcialmente a energia e a água, não permitindo ligar o sistema de ar condicionado, apesar do calor intenso no Rio de Janeiro.

Na Refinaria Gabriel Passos, em Minas Gerais, a gestão está impedindo trabalhadores de deixarem os turnos e, há mais de 40 horas acordados, os trabalhadores já começam a manifestar problemas de saúde.

Na Bahia, os ônibus chegaram vazios ao Terminal Marítimo de Madre de Deus e houve corte de rendição na Refinaria Landulpho Alves (RLAM). Em outras unidades no Estado, grupos realizam piquetes nesta segunda-feira (03/02/2020) para ajuntar os funcionários do turno administrativo.

Na FAFEN em Camaçari não houve manifestações por conta da desativação da unidade. A RLAM e Transpetro foram colocadas à venda, os Campos de Petróleo na região de Catu, Candeias, São Sebastião, Alagoinhas e Pojuca também estão à venda; várias sondas terrestres tiveram suas atividades encerradas. A FAFEN foi arrendada e os petroleiros lotados na fábrica de fertilizantes foram transferidos para outros estados, assim como os trabalhadores do edifício Torre Pituba que também estão sendo transferidos. Outros estão sendo forçados a aderir ao Plano de Demissão Voluntária da empresa.

O movimento atinge 17 bases nacionais da Petrobrás e teve a adesão de 8 mil funcionários. Apesar disso, a FUP garante que o abastecimento não será interrompido.

Com informações do Sindipetro-BA

Alan Dourado

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