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As meninas superpoderosas da logística Ford

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Elas poderiam facilmente ser confundidas com as personagens do desenho animado As Meninas Superpoderosas. Dinâmicas, fortes, independentes, vaidosas e muito responsáveis em suas atividades. Essas são qualidades que definem Ana Cristina, Érica e Márcia, operadoras logísticas na fábrica de motores da Ford, em Camaçari. Elas digirem o rebocador, uma espécie de carrinho que abastece a linha com peças e itens para a montagem dos motores. Neste Dia Internacional da Mulher, elas mostram que a profissão, que até pouco tempo era dominada pelo sexo masculino, requer bastante atenção e disciplina, atributos que elas possuem de sobra, mas sem deixar a vaidade e leveza de lado.

Ana Cristina Souza, 44 anos, está na Ford há seis anos. Acorda cedo e antes de sair de casa confere o batom e os brincos. “Sou vaidosa, mas no trabalho, por razões de segurança, a gente não pode usar nenhum adorno, então quando eu chego, tiro tudo”. Em compensão as unhas estão feitas e o cabelo está em dia. Contratada inicialmente para o serviço de limpeza, Ana Cristina viu a oportunidade de crescer e não perdeu a chance. “Tirei minha carteira de habilitação e fiz primeiro o teste para operar a lavadora industrial. Deu aquele frio na barriga, mas depois passei para o rebocador e já tenho até curso para empilhadeira também”, conta ela, empolgada. Cris, como costuma ser chamada, é querida por todos. Solteira e sem filhos, ela é destemida. Há dois meses comprou um Ford Ka e seguiu para visitar os pais que moram na região rural de Irará, a cerca de 130 km de Salvador. “Queria mostrar para minha mãe o que conquistei com o meu suor. Vim do interior com 18 anos para ajudar minha família. Meu emprego é motivo de muito orgulho e sempre que posso ajudo meus pais, que moram na roça”, diz, emocionada.

Érica Martins, 38, está há 16 anos no Complexo Industrial Ford. Mulher de fibra, cria sozinha o filho de sete anos desde que ele tinha apenas três, quando ela se separou do marido. Formada em Logística, ela conta que já dirigiu caminhão e ônibus, anda de skate, estuda inglês, toca pandeiro, já fez capoeira e luta jiu-jitsu duas vezes por semana. “Esse foi meu primeiro emprego de carteira assinada, sou muito grata por tudo. Para atuar nessa área é preciso coragem e responsabilidade para não causar nenhum incidente. Fazemos uma verificação diária do rebocador para garantir que tudo transcorra dentro da normalidade”, explica ela sobre a rotina com o equipamento.

Já Márcia Santos, 46, está na Ford há 18 anos. Há três dirige o rebocador. “Coloco meu sapato de segurança, minha touca, meu colete refletivo e me sinto poderosa aqui de cima. A mulher pode fazer tudo. Temos que correr atrás para realizar nossos sonhos”. Ela também já foi musicista e backing vocal numa banda de forró, em Camaçari. Acorda e dorme cedo. Gosta muito de compartilhar a rotina com as duas colegas. “A gente se diverte muito. A melhor coisa é ter um ambiente onde a gente dá risada e convive em harmonia”, finaliza ela.

Claudinei Poleselo, gerente de Logística da Ford, afirma que a empresa promove a diversidade em todas as áreas do Complexo Ford. “O estereótipo de que mulher não manobra equipamento industrial e não atua na operação de fábrica já foi desconstruído há muito tempo. Está cada vez mais comum encontrar mulheres em nossas operações e, na Logística, o espaço da mulher vai além de atividades e funções administrativas, de gestão e de planejamento. As mulheres são tão capazes quanto os homens e por isso estão se tornando cada vez mais presentes nesse mercado”, conclui ele.

 

Ruth Oliveira 

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