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Setembro Dourado: Especialista do Martagão alerta para importância do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil

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No mês do Setembro Dourado, quando são destacadas as ocorrências de câncer infantojuvenil, a coordenadora da Oncologia do Martagão Gesteira, Luciana Nunes, alerta para a importância do diagnóstico precoce. Somente em 2019, o hospital foi responsável por cerca de 50% dos tratamentos em oncologia feitos no estado pelo SUS, em pacientes da faixa etária pediátrica. No caso das cirurgias oncológicas, o percentual foi de 45%, conforme dados obtidos em tabulação do DATASUS, calculados com base na produção de 2019.

Profissional que lida diariamente com pacientes com este tipo de doença, a oncologista destaca que o câncer pediátrico tem sinais e sintomas que são muito corriqueiros na pediatria. “Muitos deles se confundem com doenças comuns da pediatria. Febre, dores nas pernas, aumento de gânglios podem sinalizar doenças comuns, como quadros respiratórios, virais. Muitas vezes, são sintomas que podem passar despercebidos”, diz.

No entanto, Luciana relembra que o câncer infantojuvenil é considerado raro. Apenas 3% de todos os tipos de cânceres acontecem na faixa etária pediátrica. “Muitas vezes, os pediatras não lembram dessa possibilidade de diagnóstico. Mas se esses sintomas persistem ao longo do tempo, é preciso lembrar dessa possibilidade, para que possamos fazer um diagnóstico precoce”, acrescenta.

Quanto mais cedo se conseguir identificar, maiores são as probabilidades cura, com menor impacto no tratamento. “Hoje, na oncopediatria, o que faz a diferença é justamente o diagnóstico precoce, porque a chance da cura é muito mais alta nesses casos. No Brasil, a taxa de cura está entre 60% e 70%, a depender do tipo de câncer”. No Martagão, a partir da avaliação mais recente, a taxa de cura é de 64%.

Ao contrário do adulto, o câncer pediátrico não há como prevenir. Alem do diagnóstico precoce, nas crianças é importante, também, que estes pacientes sejam conduzidos a centros de referência em oncologia pediátrica, para que possam receber o melhor tratamento possível. “É o que o Martagão tem conseguido oferecer. Temos uma equipe multidisciplinar, com todas as especialidades de suporte. É um serviço grande, com três UTIs e um centro cirúrgico de alta complexidade”, finaliza.

 

Anderson Sotero

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