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Jornalistas acusam policial e ameaçá-los durante cobertura de surto de outro agente em Salvador

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Durante a cobertura do caso do policial militar, que em um momento de surto começou a atirar para cima, após invadir com um veículo o Farol da Barra, em Salvador, jornalistas e câmeras relataram que foram ameaçados por um militar da Rondas Especiais (Rondesp), que tentava dispersar os presentes. Com uma arma na mão, o agente teria atirado para o alto e ameaçado os profissionais.

Segundo informações dos profissionais, o policial da Rondesp sacou um fuzil e disparou dois tiros para o alto em uma área residencial, perto dos repórteres, cinegrafistas e fotojornalistas. Eles disseram que também foram empurrados pelos policiais.

Uma nota foi emitida pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Bahia (Sinjorba), Moacy Neves, condenando o comportamento dos policiais envolvidos no episódio classificado por ele como "lamentável".

"Não havia qualquer necessidade de agir daquela maneira, pois os jornalistas estavam trabalhando e não representavam qualquer ameaça aos PMs ou à operação. O fato apenas demonstra que os agentes de segurança padecem de preparo para lidar com o trabalho da imprensa em um ambiente democrático. Espero que o Coronel Coutinho, comandante da Polícia Militar que há pouco assumiu, inaugure um novo tempo, onde a PM não enxergue os jornalistas como inimigos. Vamos procurá-lo para conversar sobre o ocorrido e pedir providências para que este tipo de intimidação e violência não se repita", escreveu Moacy.

Já a Polícia Militar da Bahia reafirmou o compromisso da corporação com o respeito à imprensa e ao trabalho dos jornalistas em texto.

A Polícia Militar lamenta profundamente o episódio que ocorreu neste domingo (28), no Farol da Barra, quando todos os esforços foram feitos por um final pacífico durante um possível surto de um PM.  O Batalhão de Operações Policiais Especiais adotou protocolos de segurança e o policial militar ferido foi socorrido imediatamente pelo SAMU.  

A corporação tomou conhecimento ainda de um vídeo do momento em que a imprensa acompanha o fato e é interpelada por um policial militar. A instituição ressalta o respeito à liberdade de expressão e ao trabalho dos jornalistas. O fato será devidamente apurado.

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