Os vereadores que integram a Comissão de Justiça e Redação da Câmara de Vereadores do Rio aceitaram a denúncia contra o vereador Gabriel Monteiro (PL), em votação nesta sexta-feira (8).
A comissão analisou se a representação que pede a cassação de Gabriel Monteiro atendia aspectos legais.
Dois dos três parlamentares votaram pela admissibilidade: Inaldo Silva e Dr Gilberto. Já Alexandre Isquierdo, que é presidente do Conselho de Ética, se declarou impedido.
"Claro que a comissão não pode ser levada pela emoção, pelo calor, por tudo que aparece na imprensa. A comissão não julga mérito. A gente estava analisando cada fato chegando. Nós da Comissão de Justiça e Redação por maioria de votos, já que o Alexandre Isquierdo não pode votar por presidir o Conselho de Ética, decidimos pela admissibilidade", disse o presidente da comissão, Inaldo Silva.
Agora, a representação volta para o Conselho de Ética da casa. Na próxima terça-feira (12), às 14h30, o conselho se reúne para sortear o relator que vai ser o responsável pelo caso. O relator vai poder chamar testemunhas, recolher novas provas e ouvir o vereador.
Ele também será responsável pelo documento final que pode pedir ou não a cassação de Gabriel Monteiro.
Polícia investiga o vereador
Na quinta-feira (7), o vereador carioca foi alvo de uma operação da Polícia Civil que cumpriu mandados de busca e apreensão na casa dele e de outras seis pessoas.
A ação faz parte de um inquérito policial que investiga o vazamento de um vídeo íntimo de Gabriel fazendo sexo com uma adolescente de 15 anos. A selfie foi compartilhada no Twitter e no WhatsApp, e Monteiro acusa ex-funcionários de vazá-la.
Entre os endereços da operação policial, estão a casa do vereador, em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, onde os policiais estiveram na parte da manhã, e o gabinete dele na Câmara de Vereadores, no Centro do Rio. Na residência do vereador, policiais aprenderam computadores e documentos.
Não houve mandados de prisão na operação, apenas os de busca e apreensão, que foram expedidos pelo Plantão Judiciário do Rio.
Pelo inquérito, o vereador pode responder por distribuição de material pornográfico envolvendo menores, o que é condenado pelo artigo 241-A do Estatuto da Criança e do Adolescente.
A pena chega a 6 anos de prisão, além de multa. A Justiça determinou que o Twitter retirasse o vídeo do ar, a pedido da polícia e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
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