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A sessão ordinária realizada na Câmara Municipal de Camaçari, na manhã desta terça-feira (29/08), mais uma vez teve a interferência de parte do público presente, em especial durante as falas dos vereadores Vavau (PSB), Dentinho do Sindicato (PT) e Jamessom (União). Devido a esse comportamento da plenária, o vereador Gilvan Souza (PSDB), usou o seu tempo na tribuna, nos assuntos gerais, para chamar a atenção dos presentes, já que o Regimento Interno da Casa não permite manifestação do povo, na reunião dos vereadores.
Antes de iniciar seu discurso, o vereador Gilvan teve que inclusive esperar o público fazer silêncio para ele ser ouvido, pedido ao presidente Flávio Matos (União), para assegurar o seu "direito de fala no seu local de trabalho, sem interrupção". “Nós devemos dar resposta a todo cidadão e cidadã, que está lá fora e que está aqui presente, que o que mais nos fazem é cobrar a nossa produção legislativa. E neste momento, é o momento que nós temos oportunidade de trabalhar, de dialogar com a sociedade. Aquele que quer conversar com a gente, que quer estar envolvido na política pública coletiva e aquele que quer respeito. E aí o respeito a gente só recebe na premissa daquilo que a gente dar”, disse.
O vereador Gilvan ainda pontuou que é preciso ter limite na Casa Legislativa em relação a interferência de algumas pessoas do público. “Nós temos que ter posição, postura e não ter medo de quem vem aqui atrapalhar o nosso trabalho. Eu acho que a gente também não deve mais suspender sessão, nós devemos ter um controle porque esta Casa é de nossa responsabilidade, e do povo que se comporta como povo e respeita a Casa”, enfatizou.
Durante sua fala, uma pessoa no público gritou “a Casa é do povo e o povo tem direito a voz” e o vereador Gilvan Souza respondeu. “Isso não dar o direito de chegar aqui no grito. Dialogar sim. Nós nunca deixamos de atender em comissão, em gabinete, aqui é um direito assistido, gente. Em 2024 tirem quem vocês acharem que não produziu, mas não dá para vocês não colaborarem com a nossa vida profissional. Isso aqui é um trabalho, aqui nós produzimos. A cidade requer todo um cuidado e uma responsabilidade, mas a política pública não é feita só com um mandato de um vereador não, é feita com a sociedade também. E se vocês têm alguém que não respeita vocês, apontem quem é e tratem com esse vereador, mas não comigo. Porque nós respeitamos vocês, nós ouvimos vocês, nós somos parceiros, nós construímos juntos, e nós temos que ter limite nesta Casa. Não é o mandato de A ou de B que vai mobilizar isso aqui com ruídos. Política é ideologia, é essência humana”, exaltou.
O parlamentar encerrou seu discurso sobre o assunto destacando que as confusões durante as sessões, já estavam passando dos limites. “A cidade não quer ver isso, daqui a pouco vamos estar passando no cenário nacional, com tanto debate tenso, com debates que estão chegando a envolver famílias. Nós temos que representar aqui o nosso mandato, nós temos que ter responsabilidade e cuidado exatamente com o que falamos aqui, porque aqui é uma caixa de ressonância que chega em qualquer lugar do mundo, e nessa multiplicação não sobra só para a política, sobra para todo mundo, sobra para a cidade. Nós estamos em uma busca incessante da moralidade política, nós queremos essa Câmara cheia todo dia, e sabe porque o povo não vem? Porque tem gente que não quer ver esse tipo de debate mais. Tem gente que não quer vir aqui fazer zoada, defender mandato. Aqui é uma Casa de construção e enquanto o povo que frequenta a Câmara de Vereadores não tiver comprometido com isso, nossas sessões vão estar fragilizadas o tempo todo”, finalizou o vereador dizendo que sua fala não era um “enquadramento, era um pedido de colaboração”.
Link do ao vivo:
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