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Após a Audiência Pública realizada na Câmara Municipal de Camaçari, na manhã desta quarta-feira (30/08), para tratar dos impactos sociais e econômicos, que as praças de pedágio das Concessionárias Litoral Norte (CLN) e Bahia Norte (CBN), instaladas na cidade, causaram aos moradores residente no entorno, os parlamentares avaliaram as falas dos convidados e da população. A atividade foi requerida pelo vereador Mar de Areias (União).

Quem presidiu a audiência foi o vereador Dudu do Povo (Cidadania), que preside a Comissão de Obras, Serviços Públicos e Desenvolvimento Urbano da Casa Legislativa. “Buscamos aqui hoje o próximo capitulo e que não fique só nessa audiência. Iremos buscar rever os contratos, que blindam as dificuldades dos moradores de ter acesso a algumas ruas. Essa pauta de hoje foi de extrema importância para o município”, disse.

Para o vereador Deni de Isqueiro (União), que é morador da costa, a audiência pública foi necessária. “Tivemos momentos de desabafos, de relatos não somente da comunidade que veio participar, mas também dos vereadores. Estávamos engasgados querendo largar, falar a verdade, dizer o que a gente sente. Creio que agora sim vamos estar com essa mesa organizada, para que possamos provocar novas discussões junto a Agerba, a Seinfra, aos órgãos de administração, a Prefeitura, a Sedur, para que possamos tomar as tratativas e soluções para esses problemas. É obvio que a gente não vai conseguir resolver tudo, mas tenho certeza que ao longo desses 23 anos, hoje foi o ponto alto onde pudemos discutir a implantação da CLN em nosso município”, destacou.    

De acordo com o vereador Gilvan Souza (PSDB), que reside em Vila de Abrantes, a atividade na Casa oportunizou um momento importante de esculta entre os principais envolvidos. “A população está na expectativa de seus anseios, é uma via que dentro de Camaçari são 42 quilômetros e nós não podemos fragmentar essa discussão por necessidades só do entorno, porque aí fortalece os pedidos, as proposições apresentadas de melhoria para o bem estar da população, para cuidado de vidas. Acho que depois disso precisamos assumir o quanto puder, não podemos deixar as pessoas, de forma individualizada, tratando pautas que são coletivas, de políticas públicas já definidas, de segurança, de direito de ir e vir, de acesso as comunidades”, disse.

Questionado sobre o seu sentimento em relação ao que foi tratado na audiência, o vereador Manoel Jacaré (PSDB), que mora em Monte Gordo, disse que era de revolta. “Pelo fato do Governo do Estado pedagiar quase que a cidade como um todo. Se referindo a Guarajuba e Monte Gordo, fizemos um apelo através de uma ação civil pública, para que a CLN, a Agerba pelo menos respeitasse o direito de ir e vir do cidadão. Empurraram pra cá, pra lá, enfim, chegou a se fazer o orçamento para a construção de um viaduto, ligando Monte Gordo a Guarajuba, foi feito até planta. A Prefeitura de Camaçari se pronunciou querendo fazer uma contrapartida de R$ 1 milhão, mas quando chegou na concessionária para fazer uma PPP, infelizmente eles disseram que iriam cumprir o que estava no contrato, que era a construção de uma passarela, e construiram uma medíocre”, relatou.