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Conheça um pouco da história do Padre Edson Bahia da Paróquia do Divino Espírito Santo em Abrantes 

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O Padre Edson Bahia há 20 anos teve a vida consagrada na igreja Católica. De Salvador, teve outras experiências religiosas em Camaçari, antes de assumir a Paróquia do Divino Espírito Santo, em Vila de Abrantes. O Portal conversou com o pároco sobre o desafio de estar a frente da Igreja Matriz, uma das mais antigas do Brasil.

Foi por meio do trabalho que desenvolvia na instituição A Obra de Deus, que trabalha com missão, formação, cuidado com os mais idosos, os doentes, promoção da juventude e da família, e a qual é responsável, que o religioso foi ordenado sacerdote em Camaçari. “Nesse caminho estou na terceira paróquia, a primeira foi no bairro da Gleba E onde fui vigário por um tempo bem pequeno, depois eu assumi a Igreja da região do Inocoop, Dois de Julho, Ponto Certo, Piaçaveira, Verdes Horizontes e Parafuso. Essa região foi designada pelo Bispo para construir uma paróquia, que não existia uma. Então fizemos um trabalho de quase seis anos, construindo e edificando os processos espirituais, eclesiásticos, financeiros, pastorais. Terminada lá, antes de concluir até o meu tempo de serviço, fui designado para Abrantes, para trazer o trabalho não só como pároco, mas também de evangelização com a instituição Obra de Deus, com o objetivo de cuidar dessa grande população que tem aqui de Catu a Areias, que é dedicada ao Divino Espírito Santo”, contou.

Quando chegou ao distrito, Padre Edson decidiu fazer mudanças no local. “Cheguei, fui pintar, fui fazer a limpeza, fui deixar a igreja de um jeito que pudesse estar mais visível, afinal ela é um patrimônio, algo que necessariamente deveria estar mais à vista, por ser histórica não pode ficar escondida. Então a gente fez aquilo que foi possível e mantemos sempre os cuidados, para que as pessoas se sentissem felizes ao virem aqui, não só na busca de Deus, de alimentar a sua fé, mas também se sentir bem em algo que faz parte da história do país inteiro. Está no meu sangue essa questão administrativa, do cuidado, da promoção, porque é a minha primeira formação acadêmica é administração. Quando fui ordenado padre, já vim de outros trabalhos, outras formações também. Então isso tudo me ajuda a ter esse olhar, vamos dizer assim”. 

O Padre ressalta o desafio de estar à frente de uma Igreja que foi fundada poucos anos após a fundação do Brasil, sendo a 8º mais antiga do país. “Foi construída pelos Jesuítas que estiveram por aqui na Bahia, em Salvador e aqui em Abrantes. E você pegar uma Igreja histórica, não apenas no sentido cultural, mas no sentido da população que aqui habita, é muito difícil. Tem muita gente que vem de diversos lugares nos visitar, que é uma área que eu vejo que está crescendo, um vetor de crescimento da orla, mas também tem muita gente nativa, algumas pessoas já idosas, outras já falecidas, mas que carregam a beleza da origem disso aqui. Então quando você chega no lugar e você respira isso, é uma exigência que é imposta automaticamente de conhecer, de preservar, de promover e de dar o cunho religioso, porque nasce da fé. Eu percebi, depois eu fui ler, que um Abrantes nasceu da fé, a igreja chegou aqui e a civilização foi chegando junto, então isso foi muito bonito, claro que tem também tem a presença dos índios tupinambás”, explicou.

Para Padre Edson, o mundo vive tempos difíceis, a Igreja tem um papel fundamental nesse contexto e foi baseado nesse pensamento que ele deu início ao trabalho religioso em Abrantes. “O povo cristão precisa de Deus. Então o que é que eu fiz? Ampliei as possibilidades das pessoas terem encontro com Deus, ampliei a formação, o atendimento, me fiz presente, chamei para mais perto das comunidades, ampliei o número de missas, de formação dos ministros e das pessoas que estão envolvidas. Organizei a parte da música, criei um estúdio para eles, assumimos financeiramente cursos para os músicos, então aperfeiçoamos os músicos. Repaginamos a estrutura de som, de sonorização de todas as nossas Igrejas onde tinha substituimos, onde não tinha a gente colocou, como na Igreja Matriz, foi a primeira ação de mudança. Então, eu acredito que as pessoas começaram a se sentir envolvidas no processo, atraídas pelo processo, e se sentiram beneficiadas. Eu acho que assim elas se sentiram também mais avivadas na fé, na esperança, na sua relação com Deus. E quando as pessoas se sentem felizes, eu acredito que elas se sentem automaticamente motivadas a estar, a colaborar, a ser um agente multiplicador, e é isso que a gente tem feito nesses quase três anos”, exaltou.

No mês de janeiro se comemora a festa do padroeiro de Vila de Abrantes, São Sebastião, evento que ganhou um novo olhar com o Padre Edson. “Quando eu cheguei, atendendo e ouvindo algumas pessoas de mais idade, onde elas contaram que era um período que estava tendo uma doença aqui, então elas rezavam com a imagem de São Sebastião e conseguiram alcançar a cura e a libertação dos males da época, porque São Sebastião protege do mal. Então nós vamos fazer um tríade, nos dias 17, 18 e 19 e no dia 20 queremos fazer uma festa bonita, bem celebrada, com a participação de todas as nossas comunidades, nós somos 14 comunidades, ou seja, 14 igrejas. Nós criamos um caminho para que as comunidades católicas participem umas das outras. Então isso faz também que todos eles venham para tudo e não caminhem isoladamente como se não fossem uma família", concluiu.

Conheça as comunidades católicas que compõem a Igreja Matriz do Divino Espirito Santo:

- Catu de Abrantes: comunidade do Divino Espirito Santo;

- Colônia Boa União: comunidade de Nossa Senhora de Loreto;

- Mutirão: comunidade de Nossa Senhora Aparecida;

- AlphaVille: Capela ecumênica da Comunidade Sagrada Família;

- Malícia: comunidade Bom Pastor ainda sem capela;

- Buris: comunidade de São Bento;

- Buris dos Phocs: comunidade de  Nossa Senhora de Fátima;

- Fonte da Caixa: comunidade de São Judas Tadeu;

- Jauá: comunidade São Miguel;

- Bella Vista: comunidade de Mãe Rainha;

- Centro de Evangelização: administrada pela Obra de Deus;

- Praça de Jauá: comunidade de São Franscisco de Assis;

- Areias: comunidade de Nossa Senhora do Parto com duas capelas;

- Cajazeiras de Abrantes: comunidade de São Roque;

- Cordoaria: comunidade de Sant’Ana.

 

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