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O Portal acompanhou as movimentações políticas no cortejo religioso da Lavagem de Jauá, realizado na manhã da última sexta-feira (26/01), e conversou com o ex-vereador Rui Magno, que rompeu com o prefeito de Camaçari, Elinaldo Araújo e agora faz parte do grupo de oposição ao governo. Ao lado de Luiz Caetano, o pré-candidato a vereador fez duras críticas à atual gestão.

Rui Magno, que não está ainda filiado a nenhum partido, mas conversa com o PSB, Solidariedade e Avante, afirmou que não pulou de lado, na verdade demonstrou sua insatisfação com o atual chefe do executivo municipal. “Infelizmente Elinaldo não é mais aquele cara humilde, que dialoga, que atende um telefonema, que chega e lhe abraça, que vai na sua casa te visitar e pergunta ‘e aí como é que tá fulano, beltrano’, não existe mais isso, saiu do repertório, da maneira e do comportamento de Elinaldo essas coisas. Não tenho nada pessoal contra ele, mas politicamente ele está fracassado. Uma pessoa que colocou Camaçari em uma condição onde a sociedade está aí cobrando as ações sociais, porque elas não funcionam no município, diz que tem, mas não funcionam. Se eu mandar agora uma pessoa carente pegar uma cesta básica não consegue, tem que passar pelo CRAS, não sei por quem, mesmo sabendo da necessidade daquela pessoa. Então a gente ver que está complicado”, afirmou.

Rui Magno, que já foi secretário de Esporte na atual gestão, exaltou que a pasta não funciona, além de criticar o serviço ofertado por outras secretarias. “Nós temos aí a saúde que é uma lastima. Uma pessoa começa a fazer uma bateria de exames em janeiro, chega agosto e a pessoa ainda está fazendo exames, porque é uma enrolação. Você ver hoje nas UPAs que a maioria dos problemas que chega lá, como AVC ou coisas desse tipo, é em função do remédio da diabete, como de pressão e etc, que a pessoa deixa de tomar porque não tem condições de comprar, na farmácia da prefeitura não tem e o problema se agrava”, salientou.

Segundo Rui Magno, a sua base política aprovou a mudança de grupo. “As pessoas dizem que esse caminho era pra eu ter tomado há muito tempo, que eu sou muito tolerante. Tenho dois anos que não faço parte do governo, que não tenho cargo no governo. Não aconteceu nada, simplesmente fui candidato a deputado federal, eu não apoie Paulo Azi, e ele [Elinaldo] me excluiu do processo, mas não rompi com ele, eu continuei falando com ele, eu tinha dois cargos na prefeitura, só restava o da minha esposa, mas entreguei o cargo tem 15 dias, me declarei Caetano e estou muito satisfeito”, ressaltou.

Sobre como se deu a decisão de se aliar ao grupo do ex-prefeito Luiz Caetano, o pré-candidato disse que há um tempo vem avaliando a possibilidade. “Eu estava dando oportunidade a Elinaldo de se recuperar perante a mim e a outros que também o abandoaram. Daqui pra frente não tem negócio de pula, pula, as lideranças estão procurando o melhor pra fazer sua campanha, buscando uma pessoa experiente, porque Elinaldo não adquiriu experiência durante esses 7 anos para colocar o substituto dele que está aí. Infelizmente ele [Flávio Matos] está entrando em um grande esparro, porque o povo de Camaçari já cansou. Nós temos um pré-candidato [Caetano] com experiência, com influência no governo estadual, federal e isso que é bom para Camaçari”, finalizou.