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Aconteceu neste domingo, 13, na região da Cordoaria, na zona rural de Vila de Abrantes, em Camaçari, mais uma edição da Trilha Étnica e Ecológica promovida pela comunidade quilombola local.

Em entrevista ao Portal Abrantes, uma das organizadoras do evento, Rose Braga, informou que o intuito do mesmo é promover atividades culturais sociais, além de atrair visitantes e expandir a história da comunidade. “A cordoaria tem suas belezas naturais, tem sua história sobre a cultura do quilombo, como surgiu , como viveram os escravos aqui na terra, tem a gastronomia regional, tem as paisagens do rio Joanes, então tem muita coisa para contar”, disse.

Este ano, a comunidade quilombola convidou estudantes africanos da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) de São Francisco do Conde, para conhecer a trilha número 1, que é a trilha do Engenho.

Também presente no evento, o mestre de capoeira conhecido em toda cidade como Mestre Grandão, parabenizou o encontro.  “É um prazer participar desse evento, com a presença da comunidade quilombola e de africanos de diversos países e é uma satisfação muita grande poder falar e mostrar um pouco da nossa arte”, falou.

Um dos professores da Unilab, Rafael Butti, disse que o evento proporcionou uma grande oportunidade de aprendizado. ”Nós tivemos uma aula aqui da história do Brasil, através da Capoeira, da História da África, da diáspora, da resistência e é isso que os quilombos vêm ensinando mais e mais”, pontuou.

Assim como o professor, o estudante da Unilab, Lauro José Cardoso, enfatizou que o encontro foi um a experiência muito positiva. O universitário explicou que na faculdade existem projetos de pesquisa que têm como objetivo aproximar a instituição com da comunidade e por conta disso já conhece outras comunidades quilombolas. “É importante trazer para a comunidade um pouco do outro, além de valorizar o que existe aqui”, falou.

O morador Florisvaldo Ferreira Gomes, mais conhecido como Sr. Dadú, falou da importância cultural que tem os quilombos no geral e explicou que a comunidade não tem a devida valorização a nível local, como tem a nível internacional. O morador atribuiu essa falta de valorização também, ao preconceito, principalmente por conta da disseminação de informações de outras religiões. “As pessoas perdem um grande recurso por falta de entendimento, algumas religiões pregam que quilombo é coisa do diabo, então acaba realmente prejudicando”, explicou.

Sr. Dadú disse também, que no interior da própria comunidade quilombola, muita coisa se perdeu e destacou que algumas pessoas inclusive, se pudessem alterariam até a própria cor. Questionado se ele sente tristeza diante de tal situação, o morador disse que apesar de tudo, vai continuar sempre semeando em prol de colher melhorias para o seu povo. O líder quilombola no entanto, criticou a falta de projetos do município que busquem valorizar em diversos aspectos a comunidade – social, cultural e econômico. 

Presente no local, a vereadora Fafá de Senhorinho,  parabenizou o evento e disse que a ação, além de incentivar a comunidade a realizar mais projetos,  afirmou que enquanto representante do povo na Casa Legislativa, está disponível para ajudar no que for preciso. Uma ambulância da vereadora foi disponibilizada para acompanhar o evento.

Visita a casa de farinha, Jorge (Pica Pau) e Sr. Dadu palestrando sobre a história da casa e sua importância histórica para a localidade.

Marta artista da localidade tocando seu berrante e declamando poesias numa para da trilha.

Rio Joanes

Encontramos um grupo de 10 pessoas fazendo churrasco na beira do rio usando uma carcaça centenária de um tacho

Lembrando que embaixo dessas águas existe um engenho ...

De volta para a base, onde um delicioso almoço espera essa turma 

Diante de tanta beleza, se faz necessário hastear nossa bandeira para celebrar o conjumto da obra natural

Brasileira.

Infelizmente o homem em sua incosciência polui seu nobre ambiente...

Passadinha na produção da casa de farinha, provar dessa delicia crocante de beiju de coco...

Hora de almoço muqueca de peixe, de ovos de quintal e sucos de frutas. " Manga, Carambola, Genipapo.

Vejam o espanto dessa manina ao ver o que estava sendo servido...

A estudante fez questão de reviver os hábitos nativo de comer de mão, e saborear as delícias servidas

Imagens autorizada pela estudante

Assim foi a Trilha Ecológica da Cordoaria no último domingo (12/03), onde nossa euipe acompanhou passo a passo esse mágico momento nessa rica área turística, ainda não apoiada apelo poder público municipal, e estadual.

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