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Câmara de Camaçari discute questões trabalhistas durante sessão especial

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A Câmara de Camaçari realizou, na manhã desta quarta-feira (31/05), a Sessão Especial em homenagem ao Dia do Trabalhador, pedida pelo vereador Binho do Dois de Julho (PC do B). O evento contou com a participação de diversas lideranças de diferentes sindicatos e associações trabalhistas.

Para o proponente da sessão, é preciso lutar contra os possíveis retrocessos para a categoria. “Essa é uma sessão pedida para comemorar uma data importante, mas hoje não temos muito o que comemorar, pois estamos em meio a uma crise que já causou milhares de desempregos. Em Camaçari não é diferente, como mostra o número de desempregados aqui presente nesta sessão”, pontuou Binho do Dois de Julho.

Para falar sobre diversos temas, foram convidados Vital Vasconcelos, presidente do PC do B em Camaçari; Ana Georgina, representando o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos); Júlio Bonfim, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari; Augusto Vasconcelos, presidente estadual do Sindicato dos Bancários; e Vicente Neto, representante da Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) do Governo do Estado.

A fala de todos os palestrantes teve como principal foco a crise do mercado de trabalho, com milhares de desempregados em toda a Região Metropolitana de Salvador (RMS), e com duras críticas às reformas trabalhistas e previdenciárias propostas pelo Governo Federal, que seguem em trâmite no Congresso Nacional.

Segundo os dados trazidos pela representante do DIEESE, Ana Georgina a taxa de desempregados na RMS chega a 23,9%. “Em média, uma em cada quatro pessoas em idade de trabalhar encontram-se sem emprego. Isso significa, em números absolutos, quase 500 mil pessoas. O IBGE divulgou que no Brasil são 14 milhões de desempregados. Somado tudo isso com as reformas propostas pelo governo, estamos em um cenário de desastre”, opinou.

Para a técnica do DIESSE, reforma previdenciária é perniciosa principalmente por fazer com que o trabalhador tenha que possuir mais tempo de vínculo formalizado para garantir uma aposentadoria total. “Já a reforma trabalhista vai criar uma condição no mercado de trabalho que ele fique pior, mais precário, sem vínculos protegidos”, complementou.

Representando os metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim mostrou os dados das conquistas da categoria. “Através de uma atuação forte, ajudamos a impedir a demissão de 1500 funcionários da FORD; além de termos sido o único sindicato no Brasil a conseguir reativar o terceiro turno desta empresa. Em nosso setor temos feito a nossa parte para ajudar os trabalhadores de Camaçari”, finalizou.

 

 

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